segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A Caçadora - pt. 2

Nova parte, cinco minutos atrasado! \O\~~
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- COMO ASSIM, “EU ESQUECI”? – gritou Burton. Ele era o chefe do clã de caçadores de vampiros, e, mesmo com seus quase 60 anos, continuava em ação. Seus cabelos eram brancos e curtos e os olhos, castanho-claros. No momento estava sentado atrás de sua escrivaninha e Lyra estava a sua frente.
- Eu já pedi desculpas! – gritou Lyra de volta. – Além disso, foram o meu braço e o meu pulso que estavam sangrando e aquele vampiro jurou que viria atrás de mim. Eu vou pegá-lo, inferno!
- Lyra, eu só falo isso porque me preocupo com você – suspirou Burton.
- Eu sei disso, mas se você não parar de se preocupar eu nunca vou pegar aquele cara! – exclamou a garota, se levantando da cadeira em que estava e começando a andar em círculos pelo escritório. Burton suspirou novamente.
- Não, Lyra. Eu e o conselho tomamos uma decisão. Você não vai mais caçar vampiros. – disse ele, olhando seriamente para a garota. Lyra parou no meio de uma volta.
- Como assim? – perguntou ela – Acho que não ouvi direito.
- Você ouviu perfeitamente bem. Você não vai mais ser uma caçadora de vampiros.
- Por quê? – perguntou Lyra, baixinho.
- Você é muito nova para isso. Achamos que você é um perigo, não apenas para você mesma, como também para o resto do clã. O conselho acha que você, por ser muito nova, poderia falar “sem querer” dos nossos planos. Você vai começar a ir para a escola normalmente, fazer seus amigos, e, quando você tiver 18 anos, você volta. – Lyra cambaleou e se apoiou na parede
- Não é justo – murmurou ela – Eu não quero sair daqui! – gritou, repentinamente furiosa. – Aqui é a minha casa!
- E vai continuar sendo, Lyra. Agora me entregue sua arma. – o velho estendeu a mão.
- Não quero... – murmurou ela, fazendo biquinho. Sempre o convencera assim. Burton suspirou.
- Lyra, me entregue sua arma, por favor. – disse ele.
- ... – a garota não conseguiu dizer nada. Levou a mão ao coldre que ficava em seu cinto e puxou a Desert Eagle. – Toma – ela estendeu a arma e colocou na mão aberta de Burton.
- Obrigado – disse o velho – Pode ir para o seu quarto. Suas aulas começam amanhã.
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Lyra acordou com o barulho do despertador. Tateou em seu criado-mudo até desligar o aparelho e sentou-se na cama. Olhou em volta. Sua nova mochila estava atirada em um canto do quarto, completamente aberta e vazia. Não tivera paciência para organizá-la no dia anterior. Suspirou e se levantou. Ainda de pijama, começou a organizar a mochila. Apenas jogou os livros e o fichário ali, sem a menor vontade. Depois, ficou olhando para o nada. Estava morrendo de sono. Não conseguira dormir bem. Ainda estava absorvendo a idéia de ir para a escola. Suspirou e balançou a cabeça. Iria encarar aquilo como uma “missão”. Estava infiltrada na escola, era óbvio. Levantou-se e foi se trocar. Foi a primeira vez que notou que só possuía roupas pretas e brancas. Suspirou e pegou uma calça e uma blusa, ambas pretas. Vestiu-se, pegou sua mochila e saiu do quarto. Arrumaria sua cama quando voltasse. Foi ao banheiro e fez sua higiene matinal. Saiu do banheiro, pegou suas coisas e saiu da mansão. Morava em uma mansão, que era a sede do Clã de Caçadores. A maioria deles morava junto, naquela mesma mansão. Lyra andou até o carro que estava estacionado logo na frente da porta. Na direção havia um caçador, cujo nome era Tomas. Era, sem dúvidas, o caçador mais novo da mansão, depois dela. Tinha seus recém-feitos 18 anos. Possuía cabelos e olhos castanho-escuros, usava óculos e toda sua família por parte de pai também fora do Clã. Pela pequena diferença de idade, era seu melhor amigo ali dentro. Ele lhe sorriu do carro. Lyra retribuiu o sorriso e sentou-se ao lado dele.
- Então, madame, para onde vamos? – brincou ele.
- Haha, muito engraçado – resmungou Lyra.
- Tá bom, tá bom, vamos para a aula – disse Tomas, rindo. Lyra resmungou mais alguma coisa. Tomas colocou a mão na cabeça de Lyra e bagunçou seu cabelo.
- Ei! – gritou ela, furiosa, enquanto o amigo ligava o carro e acelerava. Apesar de ser bobalhão e brincalhão, era bastante inteligente.
- Então... Vai para a escola, hein? – perguntou ele. Lyra não respondeu. Ainda estava absorvendo a idéia. – Antes tarde do que nunca – disse Tomas com uma piscadela. – Por exemplo, eu só fui saber de vampiros ano passado, você cresceu com essa realidade.
- Pode até parecer divertido, mas não é legal ter cinco anos e vampiros resolverem invadir a mansão, matar um quarto dos caçadores, ferir outro quarto e você olhando sem poder fazer nada. – resmungou Lyra, tentando ajeitar seu cabelo.
- Ah sim, esqueci do seu pequeno trauma. – suspirou Tomas. – MAS você é a mais nova e uma das melhores caçadoras.
- Era, você quer dizer – resmungou Lyra – Volto em dois anos, não se preocupe.
- Tá legal, tá legal... Ó, estamos chegando – disse ele, apontando pra frente e acelerando mais o carro. Era um Porsche, e impressionava. A maioria dos alunos chegava agora. Tomas parou o carro na frente da escola.
- Valeu – disse Lyra, pegando sua mochila, abrindo a porta do carro e saindo.
- Você tem que ir na diretoria antes de ir pra aula, não te esquece. Eu te pego no final da aula – disse Tomas, piscando para ela. Lyra riu e bateu a porta. Colocou a mochila nas costas e correu para dentro da escola. Assim que chegou até o pátio, percebeu que não fazia a menor idéia de onde era a diretoria. Pediu informação para um funcionário. Ele lhe sorriu e apontou para um prédio. Na verdade, mal era um prédio, era apenas uma construção separada do resto da escola. Lyra agradeceu e correu para o prédio. Assim que chegou, hesitou antes de bater na porta. Respirou fundo. Estava em uma missão, não é? Bateu na porta e lhe foi ordenado que entrasse. A sala era simples, porém aconchegante.
- Sim, querida? – perguntou uma mulher atrás de uma escrivaninha.
- Oi – disse Lyra – Meu nome é Lyra, eu vim falar com a diretora...
- Ah claro, querida, a aluna nova. Entre na porta a esquerda, sim?
- Obrigada – disse Lyra, se encaminhando para a sala indicada. Entrou. A diretora era uma mulher magra, com seus 40 e poucos anos. Possuía cabelos negros e olhos mel. Seu nome era Andréia.
- Olá, você deve ser Lyra – disse ela. Tinha a voz agradável.
- Sim – disse Lyra, sorrindo. A diretora parecia ser uma boa pessoa.
- Seja bem-vinda. Vou lhe explicar algumas regras da escola. Vejamos, você está no segundo ano, então não precisa mais do uniforme. Sempre que você se atrasar, você não poderá entrar na sala, então não tente. Fique na biblioteca até o próximo período. E aqui também temos aulas de tarde.
- Aula de tarde? – repetiu Lyra, com a voz trêmula
- Sim. Toda quinta-feira você ficará na escola até as seis e meia. Algum problema?
- Não, nenhum. – disse a garota, porém, por dentro, estava em desespero. Sem sua arma, estava totalmente vulnerável ao vampiro caso ele aparecesse. E, saindo da escola a essa hora, eram grandes a chances de que ele apareceria. Respirou fundo. Tudo vai dar certo, repetia para si mesma, mesmo sabendo que era mentira.
- Alguma dúvida? – perguntou a diretora.
- Não.
- Ótimo, querida – a diretora estendeu o horário, que Lyra apanhou – Você tem Física agora, portanto não se atrase mais.
- Claro – disse Lyra e saiu da sala, olhando seu horário. Turma 2-3, sala 203. Procurou a sala e logo a encontrou. Bateu na porta e o rosto negro e sorridente da professora de Física a recepcionou.
- Ah, a aluna nova! Lyra, não é? – perguntou ela. Era uma negra, bem jovem, e muito bonita. Possuía cabelos compridos e cacheados, bastante escuros e olhos chocolate.
- Sim – respondeu Lyra. A garota percebeu imediatamente que iria gostar da professora.
- Eu sou Isabelle, sua nova professora de Física, e a coordenadora de sua turma. Muito prazer e seja bem-vinda!
- Obrigada – disse Lyra, sorrindo timidamente.
- Bem, turma, essa aqui é a Lyra – ela colocou as mãos nos ombros de Lyra e empurrou-a delicadamente para frente. A ruiva se arrepiou. Podia ficar na frente de vampiros doidos por sangue sem sequer suar, mas não suportava os mais de 20 olhares lhe encarando. Uns contentes, uns rabugentos, outros friamente curiosos.
- Oi – disse ela, timidamente. A professora sorriu.
- Sente-se onde quiser, querida, e vamos continuar a aula – Lyra escolheu um lugar no fundo, logo ao lado de uma garota loira de olhos negros. Ela falava bastante, e logo viraram amigas. No fim da aula, Lyra encontrou Tomas na saída. Ela sorriu para ele e correu para o carro. Ele sequer precisou perguntar se ela havia gostado da escola. Era meio óbvio pelo seu sorriso
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Bem... Taí né XD A idéia do Porsche ("Porsche" ;D) veio antes do episódio de Two and a Half Men, EU JURO, papa!

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3 Comentários:

Blogger Tai disse...

adoreeeeeeei!!
a parte do 'fazendo biquinho' é ótima. hehehe
só quero ver pra onde vai.. ;)
:***

1 de setembro de 2008 às 00:32  
Blogger Nede Losina disse...

adorei juju!!
teu vo tb gostou!

continua que tá ótimo
bjo

1 de setembro de 2008 às 20:17  
Anonymous Anônimo disse...

nyaaa...
perfeeito juju-chaaan!! *O*
To loka pra lerr a parte 3!! XD
Beeijos..

1 de setembro de 2008 às 21:49  

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